SEGURANÇA

No Dia do Vigilante profissionais dão dicas para quem deseja começar e para aqueles que já atuam na área

Zelar pela segurança, vigiar dependências e áreas públicas e privadas, proteger o patrimônio e a integridade física das pessoas, cuidar para que leis e regulamentos sejam cumpridos. Nesta quinta-feira, dia 20, é comemorado o Dia Nacional do Vigilante e estas são apenas algumas das funções atribuídas aos profissionais da área.

O serviço de segurança privada é regulamentado pela Lei 7.102/83, Decreto 89.056/83 e por portarias do Ministério da Justiça. A profissão de vigilante só pode ser exercida por profissionais capacitados em algum curso de formação para vigilantes, o qual deve estar devidamente registrado junto a Polícia Federal. Ser maior de 21 anos, não possuir antecedentes criminais e realizar o curso de reciclagem de dois em dois anos também são algumas das exigências para exercer a profissão.

“É um cargo que exige foco, mas também constante atualização das habilidades. Hoje, com a automação e a tecnologia chegando ao mercado, o investimento em aprendizado e conhecimento é fundamental”, aponta Davi Teixeira, proprietário da Empretec Vigilância, que atua no segmento da segurança patrimonial.

Teixeira lembra ainda que pesquisas recentes apontam que para a população, segurança está no mesmo patamar de importância de educação e saúde pública. “É uma área que está sendo levada cada vez mais a sério, e por isso temos tanto critério na escolha e capacitação de nossos vigilantes.

Para quem está interessado em trabalhar nesta área, o gerente administrativo Volnei da Silva, também da Empretec Vigilância Patrimonial, tem algumas dicas.

“O primeiro passo é fazer o curso de formação de vigilantes. A pessoa deve fazer o curso por conta própria e só procurar empresas para trabalhar quando já estiver formado. Depois, a reciclagem periódica do profissional é responsabilidade da empresa, mas isso só depois que ele já estiver vinculado à empresa”, pontua Silva.

Como se destacar no mercado

Para aqueles que já trabalham como vigilantes e desejam se destacar no mercado, uma das dicas principais é ir além do que a profissão exige, como afirma Richard Puziski Duarte, vigilante há sete anos. “Não basta chegar no local de trabalho, baixar a cabeça, cumprir o seu horário e ir embora. É preciso mais. É importante ser dinâmico, responsável, proativo, que saiba seus afazeres, mas também tenha um olhar mais clínico”, ressalta.

Duarte explica, ainda, que ter o olhar mais clínico significa ter uma visão mais ampla do local de trabalho, saber as zonas de vulnerabilidade, estar sempre alerta, conhecer bem a rotina e reconhecer as pessoas que costumam frequentar o local. Inclusive, sobre este último ponto, o gerente Silva acrescenta que “o vigilante também lida com pessoas, então é fundamental saber trabalhar em grupo, ser comunicativo, prestativo e saber atender bem as pessoas”.

Os principais desafios

Tanto o gerente Silva, como o vigilante Duarte avaliam que, no cenário atual, o principal desafio da profissão é a crescente onda de criminalidade. O vigilante pode trabalhar portando arma de fogo, no entanto, este fator não impede que, em uma possível ação criminosa, ele seja o primeiro alvo, já que os criminosos desejam deixá-lo vulnerável para concluir a ação.

“O vigilante é uma proposta de segurança privada, costumamos dizer que o vigilante é o policial da área privada. Porém, a própria segurança do vigilante no seu local de trabalho é uma questão de preocupação. A forma como a maioria dos vigilantes trabalha é deixando suas famílias em casa para cuidar de outras famílias. Quando uma pessoa escolhe essa profissão, ela deve saber os riscos que corre e que é uma área que exige alguns cuidados, então, quem trabalha nessa área é porque tem vontade mesmo, trabalha porque gosta de verdade”, finaliza Duarte.

Texto: Vanessa Amando | NBCom

Fotos: Arquivo NBCom

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