SEGURANÇA
Forro desaba na Escola Amaro João Batista do bairro Nova Esperança
Segundo secretária de Educação, Roseli de Lucca, volta às aulas não será afetada
O texto a seguir foi escrito por Erik Behenck do Portal 4oito
Faltando dois dias para o início do ano letivo na rede municipal de Criciúma, parte do forro de uma escola, localizada no bairro Vila Nova Esperança desabou. O fato aconteceu na noite de sábado (16). A escola Amaro João Batista é de madeira, a única da cidade nessa condição, segundo a secretária de Educação, Roseli de Lucca. As aulas voltam na terça-feira (19) e não devem ser prejudicadas.
De acordo com a secretária, o problema atingiu apenas uma das salas de aula e deverá ser reparado já na segunda-feira (18). “Acredito que não vai ter problema. O problema não é muito grande”, disse Roseli. “Estamos finalizando o projeto para fazer uma escola nova ao lado. Devemos licitar já em março ou abril”, contou.
Vereador Paulo Ferrarezi se posiciona
Lutando para seja construída uma nova escola no local há oito anos, o vereador Paulo Ferrarezi (MDB), disse na tarde deste domingo (17) ao Jornal Santa Luzia, que está reunindo a Associação de Pais, Alunos e Professores para tomar medidas. “Já estamos nos mobilizando para realizar uma reunião nesta segunda-feira (18), com o objetivo de pressionar o Governo de Criciúma para que a nova escola saia do papel o quanto antes”, afirma.
Não foi por falta de aviso
Em 29 de ago de 2011, uma matéria foi veiculada no Portal Rio Maina denunciando as péssimas condições do local, porém até hoje, nada foi feito.
Lei na íntegra ou clique aqui para ler no Portal Rio Maina
Escola Municipal na Vila Esperança em estado de atenção
Construída em 1985, a Escola Municipal Amaro João Batista no Bairro Nova Esperança está merecendo atenção especial do Governo Municipal.
O descaso da manutenção por parte da Prefeitura de Criciúma, somado ao vandalismo, estão resultando na exposição dos 230 alunos a riscos de acidentes. Além dos diversos problemas, o prédio tem péssima acústica.
Atividades simples que são realizadas dentro da sala de aula ou quando alguém transita nos corredores, geram barulhos que são ouvidos em todas as repartições da escola, o que dificulta a concentração de alunos e professores.
Como se não bastasse, no pátio onde as crianças brincam foram identificados vários elementos que colocam em risco a integridade física dos pequenos, como buracos com ponta de ferro exposto, restos de construção civil, árvores mal podadas, tampa de esgoto parcialmente aberta, madeiras com pontas, disjuntor elétrico ao alcance dos estudantes, entre outros.
A diretora da escola, Ívina Jacinto Fidélis, informou que todos os problemas já foram repassados para a Secretaria de Educação de Criciúma e que uma reunião já foi marcada para resolver o assunto.
Saída mais cedo em dias de chuva
Outro problema identificado foi um possível acordo feito entre pais e professores que consistia em liberar os estudantes 15 minutos mais cedo em dias de chuva.
Um avô de duas crianças que estudam na instituição, procurou a redação do Jornal Santa Luzia e relatou o caso. “Eu não entendo o porquê eles saem mais cedo, deveriam ficar na escola durante o tempo que é determinado. Tem dias que saem até 20 minutos mais cedo”, conta o avô que não quis se identificar.
Segundo a diretora, que reconhe a irregularidade, isso ainda ocorre pelo fato de não haver espaço para as crianças brincarem em dias de chuva, porém, em reunião realizada no dia 24 de agosto com integrantes da Secretaria de Educação, foi decidido que a partir do dia 5 de setembro os alunos permanecerão na escola durante o horário estipulado pela lei.
As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, no turno da manhã das 7h55 às 11h55 e à tarde das 13h às 16h55. Somados, por semana os alunos perdiam uma hora e 15 minutos de aula, em um mês, cinco horas.
As fotos a seguir foram feitas em agosto de 2011 pelo jornalista Claudeir Policarpi.