EDUCAÇÃO
Defesa Civil interdita parte de escola na Nova Esperança e prefeitura instala banheiro químico para as crianças
Pais, professores, lideranças políticas e imprensa, estiveram reunidos na noite desta terça-feira (19), na Escola Amaro João Batista, localizada no Bairro Nova Esperança, região da Grande Santa Luzia, para discutirem a atual situação da unidade escolar que se encontra em péssimas condições.
No último final de semana, uma parte do forro se desprendeu soando o alerta da precariedade estrutural, tendo como desfecho uma das alas interditadas pela Defesa Civil de Criciúma.
O problema é antigo e em agosto de 2011, o Governo do Município da época Clésio Salvaro (PSDB) e a secretária de Educação, Roseli de Lucca, que continuam sendo os mesmos, receberam a denúncia da comunidade sobre o estado geral da unidade escolar, porém até o momento nada foi feito.
Na reunião desta terça-feira, uma das funcionárias desabafou. “Quem era para estar aqui não está, só aparece em época de eleição, com no caso do prefeito Clésio Salvaro”, relata.
O jornalista Gentil Francisco orientou os presentes. “Quem fica 16 anos sem ir ao médico? Essa estrutura tem 36 anos e a última reforma foi há 16 anos, a escola não foi cuidada e manutenção não foi feita, então o resultado está aí. A minha sugestão é vocês irem ao Ministério Público para pedir um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), com o objetivo de viabilizar o mais rápido possível a construção da nova escola. Montem uma comissão e cobrem da secretária de Educação uma reforma temporária até que as obras comecem”.
Os vereadores Paulo Ferrerezi (MDB) e Salésio Lima (PSD), que acompanham o caso também estiverem no local e disseram que “estão juntos com a comunidade” e que os moradores podem contar com eles.
Nas redes sociais, Ferrarezi se manifestou no dia 19 de fevereiro dizendo o seguinte: “Hoje no colégio Amaro João Batista iniciaram as aulas sem condição alguma. A estrutura está comprometida rachaduras por todo o lado, eles se encontram sem água e estão utilizando banheiros químicos pois a metade da escola está interditada pela defesa Civil… não há condição alguma de as crianças estudarem ali pq tem um pessoal da prefeitura fazendo reforma dentro das salas q os alunos estão estudando”.
O velho “jeitinho”
Na tarde desta quarta-feira (20), três banheiros químicos foram levados ao colégio, o que não agradou os pais que estão mobilizados através de um grupo no WhatsApp. “É uma vergonha, além dos nossos filhos terem que estudar em uma escola com falta de segurança, agora terão que se prestar a falta de higiene e a todo desconforto possível”, diz uma das mães.
Vereador se indigna com a situação
Em novembro de 2018 o vereador de Júlio Kaminski (PSDB), solicitou a cópia da vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil feita em setembro de 2018 no Colégio Amaro João Batista.
No dia 21 de dezembro chegaram as mãos do parlamentar os documentos enviados pela secretária de Educação Roseli, que atestavam o funcionamento do local provisoriamente até o dia 19 de fevereiro de 2019. Sendo uma das exigências do Corpo de Bombeiros, o projeto preventivo contra incêndio apresentado e aprovado.
O parlamentar lamentou ao ponto em que a situação chegou. “É uma humilhação para pais, crianças do Bairro Nova Esperança, estamos indignados, não podemos aceitar que se dê “jeito” com banheiros químicos instalados no local, vamos tomar atitudes rápidas”, disse Kaminski, acrescentando que vai solicitar a interdição da escola.
Na prefeitura, a informação é de que o projeto está pronto e as obras devem iniciar em abril deste ano, porém os prazos burocráticos podem atrasar o processo para a liberação da construção da nova escola.
Pais vão trabalhar e ficam preocupados com a situação da Escola Amaro João Batista no Bairro Nova Esperança