SAÚDE

Criciúma reforça ações de combate à dengue

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e a Vigilância em Saúde de Criciúma estão atentos ao Aedes Aegypti, principal transmissor da dengue. Neste ano, os casos da doença aumentaram no estado e, por isso, os órgãos têm intensificado as ações de controle e combate ao mosquito. Entre elas estão manutenção de armadilhas, verificação de pontos de risco, eliminação de focos e notificação de eventuais irregularidades sanitárias.

Os dados mais atuais da Vigilância Epidemiológica do município indicam que, em 2022, já foram identificados 23 focos do mosquito na cidade. O primeiro deles foi constatado no dia 3 de janeiro, em uma armadilha no bairro Quarta Linha. Além disso, 22 casos suspeitos de dengue foram notificados. Dentre estes, 15 residem em Criciúma e sete em outros municípios.

No entanto, dos 22 casos notificados, apenas cinco foram confirmados. “Nenhum dos casos confirmados é autóctone, ou seja, a contaminação não aconteceu em Criciúma. Os casos são importados por pessoas que viajaram ou vieram de outros locais. Por isso, o município não é considerado infestado”, explica a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Andréa Goulart de Oliveira. Dos cinco casos confirmados, três estão curados e dois ainda estão ativos, fazendo um monitoramento de 14 dias. Mas, segundo a coordenadora, eles passam bem.

Ações contra a dengue e denúncias

Criciúma conta, no momento, com 616 armadilhas para o mosquito, que são verificadas semanalmente. Para isso, o CCZ tem 12 agentes trabalhando em campo. Além das armadilhas, o centro verifica 180 pontos estratégicos, locais onde se desenvolvem atividades de risco de procriação do mosquito, como centros de reciclagem, borracharias, cemitérios e ferros-velhos.

“Ainda estamos com chuvas frequentes na cidade e, no último mês, tivemos chuvas acima da média na maior parte do Estado. Isso colabora para o acúmulo de água parada e, consequentemente, para a proliferação do transmissor e aumento de casos. Por isso temos intensificado o monitoramento e as ações de combate”, afirmou o secretário de saúde, Arleu da Silveira.

Para denunciar uma suspeita de foco, a população pode ligar para o número 156. “Geralmente os focos são encontrados na rotina de monitoramento, e o protocolo padrão inclui duas visitas: a inicial, que determina, delimita e combate o foco e, dois meses depois, uma varredura, para verificar se há reincidência. Quando um foco é encontrado, verificamos imóveis num raio de 300 metros, em busca de outros possíveis pontos de proliferação”, informa a coordenadora do CCZ, Simone da Cruz. Em caso de necessidade, os profissionais fazem uso de larvicidas para eliminar o mosquito.

Além disso, a Defesa Civil e a Vigilância Sanitária de Criciúma realizaram, no dia 23 de fevereiro, a “Operação Água Suja”. A equipe averiguou, com a ajuda de um drone, denúncias de piscinas e outros espaços com acúmulo de água sem tratamento ou manutenção. Na ocasião, mais de dez imóveis, entre casas e edifícios, foram fiscalizados, e moradores foram notificados e autuados. O monitoramento segue, também, a partir de novas denúncias.

Atenção para os sintomas

A coordenadora Andréa lembra que a doença tem tratamento, mas pode evoluir a óbito se desenvolvida sua forma mais grave, a dengue hemorrágica. “Dentre os principais sintomas da dengue estão febre, dores de cabeça, musculares, nas juntas e nos olhos, manchas vermelhas na pele, sangramento gengival e urina escura”, destaca. Ao notar sintomas como estes, o cidadão deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.

Prevenção contra o mosquito

Aedes aegypti pode transmitir doenças como dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela. Para preveni-las é preciso eliminar ou tapar locais e recipientes que armazenem água parada, ambientes propícios para procriação do inseto. O CCZ, responsável pela prevenção e controle de doenças transmitidas por animais às pessoas, recomenda algumas medidas essenciais contra o mosquito:

– Entregue pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou mantenha-os em local seco; 
– Embale e descarte adequadamente lixos que possam acumular água; 
– Confira regularmente recipientes de água dos pets; 
– Não deixe água da chuva acumular sobre a laje; 
– Mantenha tonéis e barris sempre tampados; 
– Mantenha calhas limpas e desobstruídas; 
– Mantenha caixa d’água limpa e tampada; 
– Guarde garrafas de cabeça para baixo; 
– Retire pratos dos vasos de plantas.

Texto: Samuel Borges 
Foto: Reprodução/Internet

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