ESPORTES
De Criciúma ao Qatar: “Meio Quilo” ou Lucas de Oliveira conta experiência vivida no Oriente Médio e foca nos estudos
Ex-morador da Santa Luzia de 37 anos voltou às salas de aulas para cursar Educação Física - Licenciatura na Esucri
Das quadras de futsal de Criciúma para o mundo. Assim pode ser resumida a vida do ex-morador da Vila Esperança na Grande Santa Luzia, “Meio Quilo” para os mais íntimos ou Lucas de Oliveira. Sua carreira e história aconteceram no Qatar. No país do Oriente Médio, se naturalizou Catari e até defendeu a seleção nacional, onde surgiu a oportunidade de conhecer vários países.
Oliveira retornou à Criciúma no fim de 2019 para passar as férias, porém com a pandemia da Covid-19, acabou não retornando mais ao Qatar. Apesar de ter contrato com um time do Oriente Médio, ele pode continuar no Brasil. Três anos depois, encerrou seu contrato, mas ele não quis apenas o esporte e, sim, também os estudos nas Faculdades Esucri. “Comecei no esporte pelo projeto Anjos do Futsal em 2001 com o professor Jean Reis e também com o coronel Márcio Cabral. Me tornei um ser humano melhor e aprendi valores importantes que carrego até hoje. No projeto, aprendi que os estudos eram importantes. Me formei em Educação Física – Bacharel, mas agora retornei às salas de aulas da Esucri para também fazer a Licenciatura”, descreve Oliveira. Morador do bairro Santa Bárbara, ele atuou no time principal da equipe Anjos do Futsal, também atuou pelo time de Siderópolis e recebeu uma proposta do Qatar. “Quando atuei pelo time de Siderópolis acabei me destacando, pois jogamos campeonatos estaduais, e isso despertou interesse do time do Qatar”, acrescenta. Ao chegar no Qatar, Oliveira utilizou o inglês para poder se comunicar. “Sempre fui disciplinado com o esporte e isso me ajudou, mas a linguagem do futsal é universal e consegui me comunicar. É importante ressaltar que quando cheguei havia uma expectativa no meu potencial, pois a liga nacional tinha um limite de apenas um estrangeiro por time. Então, quando cheguei havia uma expectativa muito grande sobre mim e uma pressão por desenvolver um ótimo rendimento, fazer gols e consequentemente vencer as partidas”, afirma. No Qatar, Oliveira atuou por três times, foi campeão da liga nacional quatro vezes, ganhou copas, virou ídolo no país e também conquistou a Copa do Golfo pela seleção nacional. “A minha melhor temporada foi em 2012, quando fiz 60 gols em 37 jogos. Já em 2016, ganhei todos os títulos possíveis, ou seja, cinco. Meu contrato terminou em 2021 com o Al Rayyan Sports Club. Lá o futsal ainda não voltou e todos estão focados na Copa do Mundo e, por isso, continuei aqui”, conta. Estudos No segundo semestre de 2022, Oliveira iniciou a graduação de licenciatura em Educação Física na Esucri e espera trabalhar na área. “Ainda posso continuar jogando, pois me cuido, mas também quero trabalhar com crianças e montar uma escolinha”, comenta.
O diretor das Faculdades Esucri, professor Everaldo José Tiscoski, ressaltou a importância de Oliveira retornar às salas de aula. “É muito bom quando temos um atleta de alto nível compartilhando suas experiências aos outros alunos. Mas também é importante continuar buscando conhecimento. O mercado se molda todos os dias e precisamos de profissionais atentos”, analisa. Atualmente, Oliveira está se recuperando de lesão no joelho. “Estava jogando um campeonato amador e acabei me machucando. Passei por cirurgia e vou me recuperar pelos próximos seis meses e depois vou ver o futuro sobre continuar jogando”, revela. O jogador e estudante também faz parte da equipe da Fundação Municipal de Esportes (FME) de Criciúma/Esucri. “Eu jogaria os Jogos Universitários Catarinense (JUCs), mas acabei me machucando e também por isso estou recebendo a oportunidade de estudar. Atualmente estou focado nos estudos e buscando a melhor qualificação profissional nas Faculdades Esucri”, finaliza.
Texto: Rafaela Custódio/Traquejo Comunicação
Fotos: Divulgação e Rafaela Custódio/Traquejo Comunicação