EVENTOS
Curso de Enfermagem promove discussão sobre a depressão
“Depressão: Olhares da saúde mental sobre uma dor invisível”. Esse foi o tema central do encontro de acadêmicos e professores do curso de Enfermagem da Unesc na noite da última quarta-feira (12/6). O evento, realizado no Auditório Ruy Hülse, contou com a participação das turmas das fases mais avançadas do curso e foi ministrado por profissionais da área da saúde mental da Universidade.
Conforme a coordenadora do curso, Ioná Vieira Bez Birolo, ao longo da trajetória acadêmica os alunos constroem o aprendizado, se instrumentalizam e depois consolidam e a intenção foi unir os grupos de conhecimento mais avançados para integrarem o debate sobre o tema tão necessário. “Unimos os alunos que já estão na fase de instrumentalização e consolidação para essa aula diferente e que traz as nossas referências no que diz respeito à saúde mental para compartilharem seus conhecimentos”, destacou.
Quem conduziu as apresentações da noite foram as professoras Cristiane Rodrigues e Dipaula Minotto, com a participação da coordenadora do setor de Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Criciúma e também integrante da equipe da Universidade, Ana Losso. Ao fim das explanações das profissionais, alunas do curso puderam compartilhar experiências próprias com os colegas.
Para Cristiane, é extremamente oportuna a abordagem de assunto junto aos acadêmicos do curso de Enfermagem, já que, assim como o nome do evento sugere, a depressão é mesmo uma dor invisível, muitas vezes até no meio acadêmico. “Temos que, cada vez mais, contemplar e conversar sobre esse assunto para que se saiba entender os sinais, fazer o diagnóstico correto, assim como o melhor tratamento e até a melhor forma de abordagem para cada tipo de situação e paciente enquanto profissionais da saúde”, destacou a professora.
Entre os pontos apontados por Dipaula como necessidades do momento atual está a estruturação de espaços de convivência, a construção de redes afetivas e o apoio para o fortalecimento da resiliência, a capacidade de se adaptar e superar mudanças ou obstáculos. “Em um momento em que vemos a necessidade das pessoas em dar nome para as coisas da vida, a naturalização de medicamentos para resolver problemas cotidianos e a constante corrida para que tudo seja resolvido rápido, precisamos repensar a forma de cuidado e a própria forma com que estamos lidando com o sofrimento”, salientou.