HISTÓRIA
Conheça um pouco da história da Santa Luzia em Criciúma até 2010
História
A Grande Santa Luzia é uma localidade que pertence ao Distrito de Rio Maina e nos últimos anos vem se destacando como região que mais cresce em Criciúma. Os primeiros moradores da Santa Luzia também foram os descendentes de italianos e a principal atividade econômica até 1970 foi a mineração. A partir desta data, foi comércio quem impulsionou o desenvolvimento. Atualmente 30 mil pessoas vivem nos 15 bairros que compreendem a região.
Denomina-se Grande Santa Luzia, pelo fato do bairro Santa Luzia estar no núcleo do desenvolvimento regional, na qual o resultado foi a criação de vilas e bairros em torno do mesmo.
As primeiras famílias chegarem à comunidade foram os Frassetto, Meller, Serafim, Girardi, Guisi, Justi, Acordi, Dagostim, Simão e Milioli.
A escolha do nome Santa Luzia
Considerada a moradora mais antiga da comunidade, dona Catarina Guisi Serafim vive na Santa Luzia desde 1940 e lembra-se de muitos fatos que transformaram a região.
Na década de 40, por exemplo, a primeira igreja foi construída, era pequena e de madeira e os fiéis da comunidade decidiram adotar uma padroeira, que logo mudaria o nome do bairro, até então conhecido como Sangão. A decisão de escolher o nome da padroeira teve interferência direta por parte dos sogros de Catarina. “Minha sogra se chamava Lúcia e trabalhava muito para igreja e meu sogro ajudou na construção da capela, em comum acordo com os amigos, homenageando minha sogra Lúcia, decidiram então que a padroeira da capela seria a Santa Lúcia, que em português quer dizer Santa Luzia”, afirma Catarina.
Logo após a escolha, a comunidade passou a ser chamada e conhecida como Santa Luzia.
Festa de Santa Luzia
Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz. A devoção à santa está ligada à visão (“Luzia” deriva de “luz”). Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.
Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a Santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. Seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também. O dia de Santa Luzia é celebrado no dia 13 de dezembro.
Monumento aos Desaparecidos Políticos de Santa Catarina
Em 22 de setembro de 1995, Criciúma tornou-se a primeira cidade brasileira a homenagear as vítimas da Ditadura Militar e o bairro Santa Luzia foi escolhido como local para a construção do Monumento aos Desaparecidos Políticos Catarinenses, localizado na Praça da Resistência Democrática. A escolha do bairro se deu porque Santa Luzia foi o bairro mais firme na oposição ao regime militar, de 1964 até 1985. Foi um bairro de luta por excelência. O evento atraiu para a cidade a imprensa de todo o país. Revistas de circulação nacional publicaram em suas edições matérias elogiando a iniciativa criciumense. A foto da praça consta em livros e teses de Mestrado de Universidades levando o nome do bairro em várias publicações.
Em novembro de 2009, alunos da Escola de Educação Básica, com iniciativa do Jornal Santa Luzia e autoridades no assunto como a professora Derlei Catarina De Lucca, realizaram a limpeza do monemento, o ato de cidadania sucedeu a ameaça de retirada da homenagem do local.
Natal Show
O Natal Show é uma Festa Natalina, oferecida aos moradores da região pelo empresário Dirceu Nogueira Neto e marca a chegada do Papai Noel na região da Grande Santa Luzia. Realizada desde 1999, a festividade ganhou proporções municipal e até 2008 foi realizada todos os anos. Em 2009 o empresário resolveu não fazer a festa por falta de apoio de alguns parceiros de outros anos.
Nogueira conta que a festa aconteceu por acaso. “Em 1999, na época da Farmais, surgiram as tais “mangueiras luminosas”, então fizemos um investimento e resolvemos enfeitar toda a fachada do Magazine Dioni. Para acender as luzes tivemos a ideia de realizar um pequeno evento. Para isso contratamos um coral e fizemos uma propagada tímida pela comunidade, mas para nossa surpresa, muitas pessoas compareceram e desde então, com exceção de 2009 não deixamos mais de realizar o Natal Show”, finaliza.